A osteomielite é uma infecção do osso que pode afetar pessoas de todas as idades. Trata-se de uma condição grave, que exige diagnóstico preciso e tratamento adequado para evitar complicações como deformidades, sequelas funcionais ou, em casos mais graves, até mesmo amputações.
A infecção pode chegar ao osso por diferentes vias:
Os principais agentes infecciosos são bactérias, sendo o Staphylococcus aureus o mais frequente.
Os sintomas variam conforme o tipo (agudo ou crônico), mas geralmente incluem:
O diagnóstico combina avaliação clínica com exames laboratoriais e de imagem. Radiografias simples, ressonância magnética e tomografia computadorizada ajudam a visualizar o comprometimento ósseo. Exames de sangue e culturas de secreção ajudam a identificar o agente causador.
O tratamento da osteomielite pode variar dependendo do tempo de evolução (aguda ou crônica), do tipo de microrganismo, do estado clínico do paciente e da extensão da infecção. Em geral, o tratamento envolve:
São usados por via endovenosa ou oral por longos períodos (geralmente 6 a 12 semanas). Idealmente, o antibiótico é direcionado conforme o microrganismo identificado.
Em casos mais graves, especialmente nas osteomielites crônicas, é necessário remover os tecidos necrosados e o osso infectado. Esse procedimento é chamado de desbridamento cirúrgico.
Quando a infecção ocorre em ossos que sofreram fraturas, principalmente após cirurgias com placas ou hastes, muitas vezes é necessário retirar esse material para controlar a infecção. Nesses casos, a fixação externa se torna uma ferramenta fundamental.
A fixação externa é uma técnica que utiliza pinos e hastes colocados fora do corpo, conectados ao osso através da pele, permitindo estabilizar o osso mesmo sem a presença de implantes internos. Ela apresenta várias vantagens em casos de osteomielite:
Em alguns casos, pode ser necessário o uso de técnicas avançadas de reconstrução, como transporte ósseo com fixadores do tipo Ilizarov ou Hexapodais.
Após o controle da infecção, pode ser necessário realizar enxertos ósseos ou procedimentos reconstrutivos, principalmente quando há perda significativa de osso.
Conclusão
A osteomielite é uma condição desafiadora, mas que tem tratamento. O sucesso do manejo depende do diagnóstico precoce, da abordagem multidisciplinar e, quando necessário, da utilização de técnicas como a fixação externa. Em minha prática, busco sempre individualizar o tratamento, respeitando as características clínicas e sociais de cada paciente, para oferecer a melhor chance de cura com o menor impacto funcional possível.
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