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Alongamento Ósseo: o que é, quando é necessário e como é feito

Dr Thiago Amorim Bastos |

Alongamento Ósseo

O alongamento ósseo é um procedimento ortopédico avançado que tem como principal objetivo corrigir encurtamentos ou deformidades nos ossos, geralmente provocados por doenças, traumas ou condições congênitas. Ele permite que o osso cresça de forma gradual, recuperando seu comprimento e alinhamento funcional, o que melhora a marcha, o equilíbrio corporal e a qualidade de vida do paciente.

Quando o alongamento ósseo é indicado?

O alongamento ósseo é um tratamento voltado para casos em que há uma diferença significativa no comprimento dos membros ou quando há deformidades que comprometem a função. As principais indicações incluem:

  • Sequelas de fraturas graves que causaram encurtamento do osso;
  • Discrepância de membros inferiores (diferença no comprimento das pernas), geralmente acima de 2 cm;
  • Doenças congênitas, como a hemimelia fibular ou a displasia óssea;
  • Infecções ósseas (osteomielite) que resultaram em perda óssea;
  • Tumores ósseos com necessidade de ressecção de parte do osso;
  • Sequelas de poliomielite ou outras doenças neuromusculares.

Como o alongamento ósseo funciona?

O procedimento é baseado em um princípio chamado osteogênese por distração, que consiste em cortar o osso de maneira controlada (osteotomia) e, após um período inicial de cicatrização, começar a separação gradual das extremidades ósseas por meio de um dispositivo externo ou interno.

Esse afastamento diário (em média, 1 mm por dia) permite que o organismo forme um novo osso entre as partes separadas, de forma progressiva, até atingir o comprimento desejado.

Quais são os métodos utilizados?

O tratamento pode ser feito com diferentes tipos de dispositivos, dependendo do caso clínico:

  • Fixador externo circular (como o aparelho de Ilizarov): muito utilizado em casos mais complexos ou que envolvem deformidades associadas.
  • Fixador monolateral: geralmente indicado em casos mais simples e retos.
  • Implantes intramedulares motorizados (mais modernos): quando disponíveis, são colocados dentro do osso e permitem o alongamento sem pinos externos.

A escolha do método depende de diversos fatores, como a causa do encurtamento, a idade do paciente, a presença de infecção, o grau de deformidade e a estrutura óssea.

Como é a recuperação?

O tratamento é longo e exige comprometimento do paciente e da equipe médica. Envolve:

  • Um período inicial de pós-operatório (latência);
  • A fase de distração, com o alongamento propriamente dito;
  • A fase de consolidação, em que o novo osso se fortalece.

Além disso, é fundamental o acompanhamento com fisioterapia especializada, controle de dor, atenção à nutrição e acompanhamento clínico frequente.

Resultados e expectativas

Quando bem indicado e acompanhado, o alongamento ósseo pode oferecer excelentes resultados funcionais, devolvendo mobilidade, corrigindo desigualdades e prevenindo complicações futuras, como desvios posturais, dor lombar ou desgaste precoce de articulações.

Dr Thiago Amorim Bastos |

Alongamento Ósseo Estético

O alongamento ósseo estético é um procedimento cirúrgico indicado para pessoas que desejam aumentar a estatura por motivos pessoais ou psicológicos, mesmo na ausência de doenças ou deformidades ortopédicas. Trata-se de uma cirurgia complexa, que deve ser cuidadosamente indicada e realizada por uma equipe médica especializada, com foco em segurança, planejamento individualizado e acompanhamento rigoroso.

Como funciona o procedimento?

O alongamento ósseo é realizado através de uma técnica chamada osteotomia, onde o osso (geralmente o fêmur, a tíbia ou ambos) é cuidadosamente cortado. Após essa etapa, é instalado um dispositivo externo ou interno (fixador externo ou alongador intramedular motorizado), que permite o afastamento gradual das extremidades ósseas. Esse processo estimula a formação de um novo osso no espaço criado — um fenômeno conhecido como ossificação por distração.

O alongamento ocorre de forma lenta e progressiva, geralmente entre 0,75 mm e 1 mm por dia, o que permite que os tecidos ao redor (músculos, nervos, vasos e pele) se adaptem gradualmente.

Quanto de altura é possível ganhar?

O ganho de estatura com o alongamento ósseo estético pode variar bastante de pessoa para pessoa, dependendo de fatores como o osso escolhido para alongamento (fêmur, tíbia ou ambos), a anatomia do paciente, a resposta biológica do organismo ao alongamento e o rigor no acompanhamento pós-operatório.

De forma geral, os resultados costumam estar na faixa de 5 a 8 centímetros quando o alongamento é feito apenas em um segmento (como o fêmur ou a tíbia). Em casos selecionados, com alongamento de ambos os ossos em momentos distintos, é possível atingir entre 10 e 14 centímetros no total.

No entanto, é importante destacar que cada paciente é único, e esses números são apenas estimativas médias. O planejamento do procedimento é sempre individualizado, levando em conta os limites de segurança, a biomecânica, o equilíbrio corporal e a saúde geral do paciente. Por isso, a avaliação médica detalhada é essencial para definir objetivos realistas e seguros para cada caso.

Quem pode fazer o alongamento estético?

Este tipo de procedimento é reservado para adultos com o crescimento ósseo já completo, boa saúde física e psicológica, e que tenham plena compreensão dos riscos, limitações e compromissos envolvidos. Uma avaliação multidisciplinar é essencial, incluindo ortopedista, psicólogo, fisioterapeuta e, em alguns casos, endocrinologista.

Recuperação e cuidados

A recuperação é longa e requer muita disciplina por parte do paciente. Durante a fase de alongamento, são necessários cuidados diários com o dispositivo, sessões frequentes de fisioterapia, controle rigoroso da dor e monitoramento por exames de imagem.

Após o término do alongamento, inicia-se a fase de consolidação, em que o osso recém-formado se fortalece. Essa fase pode durar meses, dependendo da extensão do alongamento e da resposta biológica de cada paciente.

Riscos e complicações

Apesar dos avanços tecnológicos e da segurança crescente do procedimento, o alongamento estético não é isento de riscos. Podem ocorrer:

  • Infecção no trajeto dos pinos (em caso de fixador externo);
  • Rigidez articular;
  • Dor persistente;
  • Déficit neurológico transitório ou definitivo;
  • Fraturas durante ou após o processo;
  • Desigualdade de membros caso não haja simetria adequada.

Por isso, o acompanhamento médico constante é indispensável durante todas as fases do tratamento.

Considerações finais

O alongamento ósseo estético é uma opção real para pessoas que se sentem impactadas psicologicamente por sua estatura, mas deve ser encarado com maturidade, responsabilidade e apoio profissional. Mais do que uma cirurgia, trata-se de um processo de transformação física e emocional que exige comprometimento, paciência e acompanhamento de longo prazo.

Se você deseja entender melhor o procedimento e avaliar se é candidato ao alongamento estético, agende uma consulta para uma avaliação individualizada.

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