As falhas ósseas são defeitos estruturais que resultam na perda de continuidade e volume do osso, impossibilitando a consolidação natural. Esse tipo de lesão representa um grande desafio na ortopedia, pois compromete a função do membro afetado e, em muitos casos, exige tratamentos complexos e altamente especializados.
As falhas ósseas podem ter origens variadas, entre as principais:
Fraturas expostas graves – em que há perda de fragmentos ósseos durante o trauma.
Infecções crônicas (osteomielite) – capazes de destruir segmentos do osso progressivamente.
Sequelas cirúrgicas ou pseudoartroses – quando cirurgias anteriores não tiveram sucesso e houve reabsorção óssea.
Ressecções tumorais – especialmente em casos de tumores ósseos benignos ou malignos que exigem retirada parcial do osso.
Complicações vasculares ou neurológicas – que comprometem a cicatrização e favorecem a perda óssea.
Uma falha óssea é considerada crítica quando o defeito ultrapassa 2 cm, situação em que o organismo não consegue regenerar o osso sozinho. Essa classificação é fundamental para direcionar a escolha do tratamento.
O tratamento deve ser individualizado, levando em conta o tamanho da falha, a presença de infecção, o tempo de evolução e as condições clínicas do paciente. Entre as principais alternativas estão:
Autógenos (retirados do próprio paciente), alógenos (de banco de tecidos) ou sintéticos.
Funcionam como suporte e estímulo para a regeneração óssea.
Mais indicados em falhas pequenas ou moderadas.
Técnica baseada na osteogênese por distração, onde o osso saudável é cortado e gradualmente tracionado, permitindo a formação de novo osso no espaço criado.
É uma das estratégias mais eficazes para falhas extensas e pode ser aplicada mesmo em casos com infecção ativa.
Utilizada principalmente em pacientes oncológicos ou que não podem passar por reconstruções longas.
A falha é substituída por uma prótese metálica ou por cimento, preservando a função do membro.
Realizada em duas fases: primeiro, coloca-se um espaçador de cimento com antibiótico para induzir a formação de uma membrana biológica; depois, é feito o enxerto ósseo dentro dessa membrana.
Muito indicada em casos associados a infecção.
Graças aos avanços da ortopedia reconstrutiva, muitos pacientes que antes teriam indicação de amputação hoje podem alcançar recuperação funcional satisfatória. O sucesso depende de uma equipe especializada, de planejamento adequado e da colaboração do paciente em todas as fases do tratamento.
Estamos na Vila Clementino, com fácil acesso pelas Avenidas Rubem Berta/23 de Maio e proximidade do metrô (linha azul).
WhatsApp: (11) 4371-7797
Telefone: (11) 4371-7797
E-mail: bmfortopedia@gmail.com
BMF Ortopedia e Traumatologia
R. Borges Lagoa, 971 — Cj. 44 — Vila Clementino, São Paulo/SP