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Pé Torto Congênito: Entenda o Que é, Causas e Tratamentos

Dr Thiago Amorim Bastos |

Pé Torto Congênito

Incidência

  • Acomete cerca de 1 a 1,2 para cada 1 000 nascidos vivos, sendo uma das malformações congênitas de pé mais comuns.
  • Em aproximadamente 50% dos casos, ocorre de forma bilateral.
  • Há predomínio em meninos, numa proporção de aproximadamente 2:1.

Possíveis Causas (Etiologia)

Embora a etiologia exata não seja totalmente elucida, estudos apontam um componente multifatorial, envolvendo:

Fatores Genéticos

  • Forte componente hereditário, com risco aumentado se houver história familiar; gêmeos univitelinos apresentam cerca de 33% de concordância.
  • Mutações em genes relacionados à estrutura muscular (ex: MYH3) e presença em síndromes genéticas (ex: trissomia 18, 21).

Fatores Ambientais e Posicionais

  • Condições uterinas adversas como oligodrâmnio, restrição de espaço, ou procedimentos como amniocentese precoce podem influenciar. 
  • Tabagismo materno, obesidade na gestação e uso de determinados medicamentos estão associados ao maior risco. 

Classificação

  • Idiopático (80%): isolado e em criança sem outras condições. 
  • Secundário (não idiopático) (20%): associado a condições neuromusculares (como espinha bífida, artrogripose) ou síndromes. 

Tratamento

  1. Método Ponseti (padrão-ouro)
  • Iniciado logo após o nascimento (preferencialmente nas primeiras semanas) 
  • Consiste em manipulações semanais seguidas de gessos seriados (ao redor de 6 trocas).
  • Pode ser necessária a tenotomia percutânea do tendão de Aquiles para correção do equino 
  • Após os gessos seriados, utiliza-se órtese em “barra de abdução” 23 h/dia por cerca de 12 meses, diminuindo para uso noturno até os 4–5 anos 
  • Resultados: alto índice de sucesso, com boa flexibilidade e função 
  1. Tratamento Cirúrgico
  • Indicada quando há falha no tratamento conservador ou em casos secundários/sindrômicos desafiadores 
  • Pode incluir liberações tendíneas seletivas (à la carte), transferências tendíneas ou osteotomias 
  • Cirurgias extensas estão sendo substituídas por abordagens minimamente invasivas, visando preservar mobilidade

Prognóstico

  • Com tratamento adequado, a maioria das crianças alcança pé plantígrado, funcional e sem dor, podendo praticar esportes normalmente. 
  • Possíveis sequelas incluem discreta diferença de comprimento, menor força muscular ou episódios de recidiva, geralmente controláveis com reforço de órtese ou fisioterapia.

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